Biometrias
Comprimento: pode atingir 2,30 m.
Curiosidades
As populações de cobra-rateira presentes em Portugal são pertencentes à subespécie Malpolon monspessulanus monspessulanus.
Devido aos seus grandes olhos e à saliência presente acima destes, no meio rural eram contadas histórias fantásticas em que a cobra-rateira era capaz de hipnotizar pássaros.
Cobra-rateira
(Malpolon monspessulanus)
Classe Reptilia, Ordem Squamata, Subordem Serpentes, Família Colubridae
Descrição geral
A cobra-rateira é uma serpente de grandes dimensões, de coloração diversificada. O padrão de coloração é uniforme por todo o corpo, com a exceção de uma mancha preta na parte anterior, junto ao pescoço, e pode variar entre tons castanhos, esverdeados e cinzentos, consoante a fase de vida. Nas fêmeas e jovens desta espécie, o padrão de coloração é menos uniforme, apresentando variações entre as cores preto, branco, cinzento, castanho e verde, para um efeito de camuflagem. A cabeça é estreita e tem um focinho pontiagudo, possui olhos grandes, com escamas supraoculares (acima do olho) proeminentes.
Alimentação
Como o nome indica, a cobra-rateira alimenta-se de ratos e outros pequenos roedores. No entanto, a sua dieta pode variar consoante a fase de vida. Em juvenis preferem alimentar-se de insetos e lagartixas. Em adultos alimentam-se de roedores, lagartos, aves pequenas e outras espécies de cobras. Também já foram registados grandes exemplares desta espécie a alimentar-se de juvenis de coelho-bravo e sardões adultos.
Comportamento
Esta espécie de cobra possui hábitos maioritariamente diurnos, embora nos períodos muito quentes durante o verão possa apresentar hábitos crepusculares. Apresenta um período de hibernação ou de estivação, nas zonas mais a sul da sua distribuição. É uma cobra bastante ágil, movimentando-se rapidamente, com a capacidade de subir a árvores para procurar alimento ou simplesmente para se aquecer ao sol. Utiliza a visão como o principal sentido para caçar e o seu principal mecanismo de defesa é a fuga. Na generalidade, é uma espécie inofensiva, que só se torna agressiva quando ameaçada. Em situações de ameaça, a cobra-rateira ergue a região anterior do corpo, sopra e pode chegar a morder. No entanto, a sua mordedura não é muito perigosa para as pessoas, pois, na maior parte das vezes, não injeta veneno.
Em Portugal
A cobra-rateira ocorre em todo o território e é das cobras mais comuns em Portugal. Pode ser observada em atividade, desde a primavera até ao outono, sendo mais fácil de ver em dias quentes com sol. Habita preferencialmente locais secos, com rochas e arbustos, mas pode ocorrer numa grande variedade de habitats. Pode ser observada em zonas agrícolas, matos, florestas, jardins e ruínas. Embora seja uma espécie comum, sofre algumas ameaças, tais como atropelamentos e perseguição direta por pessoas, particularmente em zonas rurais.