
Biometrias
Comprimento: 8,3 – 11,3 cm
Envergadura: 26 – 32 cm
Peso: 11 – 20 g
Curiosidades
Tal como outras espécies de morcego, o morcego-arborícola-pequeno pode alimentar-se de pragas prejudiciais para a agricultura, exercendo o importante papel de controlo de populações de insetos.
Morcego-arborícola-pequeno
(Nyctalus leisleri)
Classe Mammalia, Ordem Chiroptera, Família Vespertilionidae
Descrição geral
É um morcego com pelo denso, longo e bicolor, sendo preto-acastanhado na base e castanho-avermelhado (na região dorsal) ou amarelo-acastanhado (na região ventral) nas pontas. As asas, o focinho e as orelhas são escuros, de coloração preto-acastanhada. As orelhas deste morcego são largas, de formato triangular, mas com a ponta arredondada e o trago em forma de cogumelo. As suas asas são compridas e estreitas.
Alimentação
Tal como todos os morcegos europeus, esta espécie é insetívora. A sua dieta é composta principalmente por mosquitos e borboletas noturnas, mas também pode incluir outros grupos de insetos, como escaravelhos.
Comportamento
É um animal noturno, saindo dos abrigos pouco depois do pôr-do-sol para se alimentar e voando, geralmente, em espaços abertos ou por cima das copas das árvores. Utiliza a sua ecolocalização de longa distância para procurar alimento e navegar. Esta espécie de morcego é florestal e os utiliza cavidades nas árvores como abrigos, sendo que estas podem ser de ocorrência natural ou criadas por aves, como pica-paus. É um morcego migrador e pode voar grandes distâncias para se alimentar todas as noites (até 10 km).
Em Portugal
O habitat preferencial do morcego-arborícola-pequeno são os bosques e florestas, como os montados e os carvalhais. Ocorre frequentemente também em margens de lagos e zonas ripícolas. Ocorre por todo Portugal continental, com maior densidade no norte, embora a sua distribuição a nível nacional ainda esteja a ser estudada. Sabe-se que a redução da área de floresta nativa e a remoção de árvores antigas afetam negativamente esta espécie, pois reduzem a disponibilidade de abrigos e de áreas de alimentação. O uso de pesticidas é também prejudicial, pois reduz a densidade de alimento disponível.