Raposa
(Vulpes vulpes)
Classe Mammalia, Ordem Carnivora, Família Canidae
Descrição geral
A raposa, ou raposa-vermelha, é caracterizada pela sua pelagem castanho-avermelhada, focinho pontiagudo e orelhas levantadas. A sua coloração pode variar bastante, desde tons mais escuros de castanho a cor de areia, mas sempre acompanhada de cor branca no ventre. As suas orelhas pontiagudas são pretas na parte de trás e nas extremidades, e as zonas inferiores das patas possuem, igualmente, “meias” de coloração preta. A cauda da raposa é caracteristicamente longa e felpuda, possuindo coloração branca na ponta.
Alimentação
A raposa é omnívora e oportunista, alimentando-se de vários tipos de recursos, dependendo do que é mais abundante no seu território. Caça animais pequenos como o coelho-bravo e diferentes espécies de roedores, aves, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados (tais como minhocas e escaravelhos). No entanto, também se alimenta de ovos, frutos e bagas.
Comportamento
As raposas apresentam, geralmente, atividade noturna e crepuscular, mas também podem estar ativas durante o dia em locais tranquilos. Habitam tocas que escavam e protegem com vegetação, ou em tocas abandonadas de coelhos ou texugos. Vivem em grupos, formados por um macho adulto e várias fêmeas que se dividem num sistema hierárquico. A reprodução é, por vezes, exclusiva às fêmeas dominantes do grupo, enquanto outras fêmeas ajudam na construção da toca e na proteção, alimentação e educação das crias do grupo. Os acasalamentos ocorrem entre dezembro e fevereiro, e as crias nascem entre março e maio. As raposas podem emitir, pelo menos, 28 vocalizações/sons diferentes. Estes variam desde o ladrar, rosnar e guinchar ao gritar.
Em Portugal
A raposa está presente em todo o território de forma generalizada e uniforme, exceto nos Açores e na Madeira. Pode ser encontrada em muitos tipos diferentes de habitats, inclusive em zonas urbanas, mas ocorre preferencialmente em zonas florestais e agrícolas. Em termos de conservação e legislação, está incluída no Anexo D da Convenção de CITES, contudo pode ser legalmente caçada em Portugal segundo a lei da caça (in Decreto-Lei nº227-B/2000 de 15 de setembro). As suas principais ameaças em Portugal, para além da destruição e fragmentação do habitat, são a perseguição direta, através da caça ilegal e envenenamentos, e os atropelamentos.