Rã-ibérica
(Rana iberica)
Classe Amphibia, Ordem Anura, Família Ranidae
Descrição geral
A rã-ibérica possui coloração castanha, mas a zona dorsal pode apresentar tons alaranjados ou mesmo avermelhados. A característica mais distintiva é a mancha perto do olho, que é escura e vai aumentando de tamanho desde a narina, acompanhada por baixo por uma linha clara, sobre o lábio superior. Pode apresentar pequenas manchas negras ou claras, irregulares, sobre o dorso. A cabeça tem um focinho pontiagudo, com olhos grandes e proeminentes. A pele da rã-ibérica é, maioritariamente, lisa, apresentado pequenos grânulos na região dorsal. Possui duas pregas no dorso que se estendem desde o olho até ao posterior do corpo, bem separadas entre si e paralelas.
Alimentação
Esta espécie de rã é, maioritariamente, insetívora. Alimenta-se de pequenos invertebrados, tais como escaravelhos, moscas, aranhas, opiliões, caracóis, larvas de insetos, entre outros.
Comportamento
A rã-ibérica está ativa tanto durante o dia, como durante a noite. É uma rã ágil, saltando rapidamente para dentro de água quando perturbada, nadando velozmente. A fêmea põe os ovos dentro de água, presos a plantas aquáticas ou a pedras. Após eclodirem dos ovos, os girinos alimentam-se de plantas aquáticas e, após cerca de três meses, sofrem metamorfose para rãs juvenis.
Em Portugal
Encontra-se distribuída pelo noroeste de Portugal, mas possui populações isoladas, com uma distribuição dispersa, noutras zonas do país. Ocorre desde o nível do mar até aos 1900 m, na Serra da Estrela. O habitat principal da rã-ibérica são as zonas montanhosas, estando associadas a ribeiros com vegetação abundante nas margens, dentro de florestas de caducifólias ou lameiros. No entanto, pode ocorrer noutro tipo de habitats, desde charcos, lagos e prados húmidos. É uma espécie muito ameaçada pela perda e destruição do habitat, poluição dos cursos de água, agricultura intensiva e práticas florestais não sustentáveis.